the NachtKabarett

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Eat Me, Drink Me Live - The Rape Of The World Tour

All Writing & Content © Nick Kushner Unless Noted Otherwise
Collaboration with Gilles R. Maurice
Translation by: Heather Quick

Assim como o nome "Marilyn Manson" é uma dicotomia de elementos opostos, o termo "Eat Me, Drink Me" é em si uma união de opostos no contexto de "Alice no País das Maravilhas." "Eat Me," o bolo, faz Alice crescer, enquanto "Drink Me," a garrafa, faz ela encolher. Em outras palavras, o título do álbum pode atuar dualmente como uma dicotomia do preto/branco, bom/mal que Manson retrata continuamente.

O "Eat Me, Drink Me" pode ser, se filosarmos em um nível mais profundo, como a união de expansão e contração; dicotomia de opostos, Marilyn e Manson. E o tema é diretamente ilustrado na performance ao vivo.

NK
Agosto de 2007

A turnê "Rape of the World," desde que começou em Junho de 2007, apresentou em forma áudio/visual vários dos temas que Manson tem falado e fez alusão desde o começo do "Eat Me, Drink Me." Os três núcleos, junto com as evocações ocultas e esotéricas, são Alice no País das Maravilhas/Lewis Carroll como uma extensão do roteiro do filme Phantasmagoria, Vampirismo e o herói do Manson, David Bowie. Todos os três temas são referenciados de maneiras notórias e sobreposições sutis.

 



Clique nas miniaturas acima para cada influência na turnê Rape of the World

 

Aqui vem a lua de novo
Marilyn Manson, If I Was Your Vampire
Marilyn Manson performando em frente a uma cortina com uma lua gigante na abertura da turnê Rape of the World, ilustrando a letra de sua própria balada Vampiresca.

Como um prefácio, é um pré requisito notar que Manson tem citado na imprensa que contratou o diretor que fez a teatral turnê do "Diamond Dogs" para a Rape of the World. Desde o meio de 2004 Manson tem falado da seminal era/álbum "Diamond Dogs" como a influência mais significante em sua direção musical e visual.

As alusões começam antes do show nem começar. A música que toca enquanto a equipe técnica está arrumando o palco dá atenção e faz referência às performances do Manson, como a versão original da "Rock n' Roll Nigger" da Patti Smith, junto com alusões ao vampirismo, mesmo que ironicamente, como a "Cry Little Sister" de Gerard McMann, o tema título do hit de vampiros adolescentes, "The Lost Boys."

"The Hunger," 1983, o filme de vampiro oculto e não convencional, estrelando David Bowie. As duas músicas que começam o filme são as músicas que abrem cada performance da turnê Rape of the World. "Bela Lugosi's Dead" do Bauhaus, imediatamente seguida da Trio In E Flat, Op. 100 de Schubert. Visualmente, o poster do filme é evocativo das lágrimas no estilo Dada e as linhas entalhadas que têm na capa do "Eat Me, Drink Me."

Desde o começo de 2007 Manson tem mencionado vários filmes como sendo uma inspiração para a nova era. Esses incluem "Bonnie & Clyde," "Harold & Maude," "Badlands" e outros filmes fatalistas de amor e morte, junto com o filme de 1983 estrelado por David Bowie, "The Hunger." O filme começa com uma breve aparição dos fundadores do gothic rock, Bauhaus, tocando seu hino gótico atemporal, "Bela Lugosi's Dead." Enquanto a música toca, cenas de amor vampírico, assassinato e sentimento aparecem em um cenário de uma casa noturna. Não é o filme de vampiro típico, tanto que a palavra "vampiro" não é dita nenhuma vez ao longo do filme e os tais vampiros não se alimentam com garras, mas sim com uma faca artisticamente oculta dentro de um pendente ankh, o símbolo Egípicio de vida eterna. Depois que Bowie e Catherine Deneuve devoram com cobiça duas vítimas, o título e créditos iniciais começam a passar com a clássica trilha sonora da Trio In E Flat, Op. 100 de Schubert, que também fecha o filme.

A última música que toca para o público antes das luzes se apagarem é "Bela Lugosi's Dead" do Bauhaus, imediatamente seguida da Trio In E Flat, Op. 100 de Schubert com o lugar todo no escuro e tudo que é visível é a cortina do palco com os M´s escorrendo; a ordem exata em que o "The Hunger" começa. Gritos e acordes dissoantes seguem até a cortina cair e o Manson vociferante cantar os primeiros trechos de "If I Was Your Vampire," tornando completo o ciclo de alusões vampíricas.

Esquerda: Uma versão animada dos olhos vermelhos vampíricos do Manson com pupilas em formato de coração que aparecem durante a performance de "The Beautiful People" e anteriormente visto dentro do encarte do álbum. As viagens rápidas, pele pálida e pupilas dilatadas são similares àquelas de um vampiro deitado esperando para atacar. Direta: projeção de um relógio anti-horário usado durante a "If I Was Your Vampire" (Crédito: Javier Miranda).

 

 

The Master Butcher

 

Juntamente com os candelabros, roupas e a estética romanticamente obscura da era, está o microfone de faca do Manson.

Esquerda: "American Psycho" (NT: "Psicopata Americano") de Bret Easton Ellis, um livro que Manson é um fã assumido desde 2000 e uma das possíveis inspirações para a faca durante a performance de "I Was Your Vampire."

Direita: Screenshot da banda alemã de metal industrial Rammstein, na turnê Volkerball em 2006 mostrando Till performando na música "Mein Teil" como o "Mestre Facão" com um microfone de faca semelhante. Uma analogia sem sucesso, já que a música é uma adaptação literal do romance canibal entre Armin Meiwes e Bernd Jürgen Armando Brandes que ocorreu em Rotemburgo, Alemanha em 2001 ("Mein Teil" = "Meu Membro," uma alusão ao pênis de Brandes que foi fatiado e consumido pelos dois amantes), uma história de amor até a morte que mais tarde inspirou Manson no título do álbum e direções, e explica esse "empréstimo."

Esquerda: Um screenshot do filme "Phantom of Paradise," que, como discutido anteriormente na seção The CELULÓIDE, tem sido uma referência visual que Manson faz homenagens desde o "The Golden Age of Grotesque" (Obrigado ao Vaughn Michael por postar isso no fórum Babalon). Direita: Manson tocando na Coreia, com uma maquiagem semelhante e uma versão atualizada do microfone de espada.
Outra foto interressante do Manson com a faca, ilustrando um artigo sobre sua performance em Zurique, Suíça, diretamente seguida pela exposção 'Les Fleurs Du Mal' (cortesia do amigo do Nachtkabarett Peter-R Koenig, que é o autor de The OTO Phenomenon e The Laughing Gnostic : David Bowie and The Occult). Clique na miniatura acima para ver o artigo em tamanho maior.

 

 

Lewis Carroll References

 

Esquerda e direita respectivamente, Marilyn Manson na turnê "Rape of the World" e Lewis Carroll, que inspirou muito da temática do álbum, bem como o projeto "Phantasmagoria" que Manson tem desenvolvido desde o meio de 2005. Embora seja uma alusão sutil, Manson pode ser visto com um traje no estilo Vitoriano que evoca a decoração Vitoriana que Lewis Carroll fez parte. A era Vitoriana tem sido uma inspiração para Manson desde 2004 na turnê "Against All Gods," que foi bem influenciada por essa estética na direção que Manson estava indo.

 

 

The Rabbit

 

Esquerda: Manson como o Coelho Branco. O símbolo usado (pelo menos durante uma parte) em toda performance da turnê Rape of the World. Direita: Ilustração enigmática de John Tenniel mostrando uma Alice maior e um Coelho Branco fugindo.
Esquerda: Atrás de Tim Skold, uma espiral hipnótica sendo projetada durante a performance de "mOBSCENE" entrelaçado com as pernas de Suástica/Pentagrama que apareceu anteriormente no vídeo da mesma e impressa no CD e DVD do "Lest We Forget." Direita: Alice correndo através de um turbilhão de fumaça em espiral, escapando do mundo das maravilhas na versão do conto feita pela Disney.

Para repetir as primeiras palavras dessa seção, assim como o nome "Marilyn Manson" é uma dicotomia de elementos opostos, o termo "Eat Me, Drink Me" em si é uma união de opostos no contexto de "Alice no País das Maravilhas." "Eat Me," o bolo, faz Alice crescer, enquanto "Drink Me," a garrafa, faz ela encolher. Em outras palavras, o título do álbum pode atuar dualmente como uma dicotomia do preto/branco, bom/mal que Manson retrata continuamente. O "Eat Me, Drink Me" pode ser, se filosofarmos em um nível mais profundo, como a união de expansão e contração; dicotomia de opostos, Marilyn e Manson.

Esse tema também pode ser visto dentro das performances ao vivo, já que a parte teatral dos shows ilustra o Manson crescendo e encolhendo durante as performances:

 

 

Eat Me

 

EAT ME: Alice, que cresceu depois de comer o bolo com a tal instrução, e Manson que "cresceu" durante a performance da "The Love Song" (mais tarde na turnê, durante a "The Reflecting God").
"Muito esquisitíssimo!" gritou Alice (...); "Agora estou me abrindo como o maior telescópio que já estitiu! Adeus, pés! (Pois quando baixou o olhar para ver os pés, eles tinham quase sumido de vista, cada vez mais distantes). "Oh, meus pobres pezinhos, quem vai enfiar as meias e os sapatos em vocês agora, meus queridos?"...
Alice no País das Maravilhas, Capítulo II: A Poça de Lágrimas.
Outra foto interessante do Manson crescendo, com a plataforma crescendo rapidamente completamente escondida pela fumaça, enfatizando o sentimento de uma elevação surreal, e a interpretação da Disney da cena.

 

 

Drink Me

 

DRINK ME: Alice com a garrafa que a encolheu para o tamanho de 10 polegadas e um Manson "encolhido" performando "Are You the Rabbit?"
"Que sensação esquisita!" disse Alice. "Devo estar me fechando como um telescópio!" E certamente estava: tinha agora apenas vinte e cinco centímetros de altura, e o rosto se abriu num sorriso ao pensar que agora tinha o tamanho exato para passar por aquela portinha e entrar no jardim encantador.
Alice no País das Maravilhas, Capítulo I: Descendo pela Toca do Coelho.
Esquerda: Uma versão de 1988 de McBeth (decoração do palco, figurinos e maquiagem: Gottfried Helwein). Entre outros elementos de palco enormes que, de alguma forma, são remanescentes da Alice encolhendo e Um Chá Muito Louco, uma cadeira gigante parecida é usada. A referência bem sutil atua como uma prova de que a colaboração entre Manson e Helnwein, ou pelo menos sua inspiração pelo artista Austríaco, ainda está viva. Obrigado ao Norsefire do Celebritarian.co.uk por mandar essa descoberta.

 

Are You The Rabbit?
"... e as mãos no meu PAU* estão começando a tremer." (NT: *Trocadilho feito com o trecho original que é dito "and the hands on my clock are starting to shake"/"E os ponteiros do meu relógio estão começando a tremer")

 

 

The Looking Glass

 

Manson - "Através do Espelho." Outra alusão à Alice e um artifício usado uma vez, dessa vez na França durante a "Sweet Dreams (Are Made of This)"

 

 

The Live Flowers

 

Manson performando ao vivo na parte Europeia da turnê Rape of the World no verão de 2007. Uma versão animada do quadro "Les Fleurs Du Mal" pode ser vista se contorcendo e bamboleando na projeção ao fundo do palco durante a "The Nobodies." Visite a seção 'Les Fleurs Du Mal' do Nachtkabarett para ler mais sobre as flores vivas e as referências que elas implicam

 

 

Invitation To A Beheading

 

"SEM SUA CABEÇA." O trecho característico e sua ilustração de "Alice no País das Maravilhas" que Manson encena no palco para sua "Alice," Evan Rachel Wood. Como uma coincidência tangente ou engraçada à isso, Manson foi escalado para fazer o papel da Rainha Vermelha (ilustrado acima) no, agora extinto, filme baseado em "Alice no País das Maravilhas" intitulado "Living Neon Dreams." Obrigado ao http://ts-sychophant.net/ por essa foto ao vivo.
Eu fui convidado a uma decapitação hoje
Pensei que eu fosse uma borboleta próxima à sua chama
Marilyn Manson, Eat Me, Drink Me
Eu criei uma réplica da minha namorada [Evan] como um robô. Ela me traz absinto no palco - como qualquer garota maravilhosa deveria fazer. Há um momento muito sentimental onde corto fora sua cabeça e performo minha versão sarcástica de Hamlet.
Marilyn Manson, 25 de Novembro de 2007. SundayMail.co.uk

Enquanto “Heart-Shaped Glasses” é performada, outra referência a Bowie/Alice é encenada pelo Manson. Um robô da Evan anda no palco empurrando um carrinho com bolo com velas, ou uma garrafa de absinto do Manson, dependendo do show. Manson arranca sua cabeça, que está usando um óculos em formato de coração, e canta o resto da balada amorosa fatalista.

Esquerda: O robô antecessor da Evan, o "Dita-bô" repleto com garrafa de absinto durante a turnê "Grotesk Burlesk" em 2003. Direita: Colaborador visual de longa data com Marilyn Manson, Rudy Coby aka "The Coolest Magician on Earth" (NT: "O Mágico Mais Legal na Terra"). Esse screenshot é de um especial na FOX em 1996 mostrando uma de sua assistenes características, Nikk Terminator; uma sexy robô feminina que está desencarnada, desmantelada e remontada de uma maneira "vaudevilliana" sedutora que Manson adotou, entre outras contribuições do Rudy nas turnês "Grotesk Burlesk," "Against All Gods" e "Rape of the World." Clique aqui para o site oficial do Rudy: http://www.rudycoby.net/

Os fãs mais vigilantes devem lembrar; essa performance começou em 2003 na turnê "Grotesk Burlesk" onde uma garçonete vestida em lingerie empurra um carrinho com uma garrafa de absinto no palco enquanto Manson cantava "Tourniquet." Ao longo da música, Manson progressivamente arrancava seus membros e então a decapitava, colocando cada parte em uma bandeja em frente a seu torso desmembrado.

Discutido anteriormente em relação às conexões do álbum com Lolita, Nabokov também escreveu a novela "Invitation to a Beheading," ambos que Manson citou como sendo uma inspiração na era e adicionalmente na faixa título do "Eat Me, Drink Me." O que é interessante, é que Nabokov foi o primeiro tradutor de "Alice no País das Maravilhas" para o Russo (seu primeiro idioma), bem como os trabalhos de Edgard Allan Poe, como revelado pelo Manson, que foi capa da revista SPIN em 2007 e poderia explicar a semelhança entre alguns aspectos de ambos os livros: o julgamento e condenação à morte por decapitação em um país fictício e uma sociedade em que os protagonistas falham em fazer parte.

Screenshots do filme "The Phantom of Paradise," como notado acima. A banda fictícia, "The Undead" (o nome que, claro, que faz parte da imagem vampírica da turnê, onde os guitarristas tem facas como o headstock das guitarras e o vocalista tem um microfone com faca, onde sumariamente amputa, empala e então decapita membros do público - as partes do corpo são, por fim, amalgamadas em uma câmara para criar um rockstar no estilo Frankeinstein). O filme de 1974 é notado um punhado de vezes dentro do Nachkabarett por ter uma variedade de aspectos influentes no Manson.

Junto com o trecho característico "Sem sua cabeça!" como um epífeto direto à Alice pela Rainha Vermelha, essa performance é outra alusão à Bowie e sua infame turnê do "Diamond Dogs." Durante a performance da música "Cracked Actor," ele senta em repouso enquanto canta para um crânio. Embora Bowie tenha performado a música dessa maneira durante vários anos, as imagens contidas descrevem, não só a qualidade teatral da turnê, mas também a decadência de Bowie quanto ao vício em cocaína.

"Chupe, baby, chupe, me dê sua cabeça"
David Bowie performando a música "Cracked Actor" na turnê "Diamond Dogs" em 1974, tonteando e cantando para um crânio.
Foto por Bob Gruen.

Manson fez inúmeras referências ao Bowie em sua performance desde o início da banda. A primeira referência notória à "Cracked Actor" entretanto, foi o refrão da música "Vodevil" do "The Golden Age of Grotesque":

Rache, baby, rache, me mostre que você é real
Beije, baby, beije, isso é tudo que você sente?
Chupe, baby, chupe, me dê sua cabeça
Antes que você comece a declarar que está me afetando positivamente
David Bowie, 'Cracked Actor'
Beije, baby, beije
Isso é Vodevil
Chupe, baby, chupe
Isso é Vodevil
Marilyn Manson, 'Vodevil'

A inspiração de Bowie para sua própria cabeça da morte solilóquia foi conjurada diretamente por "Hamlet" de Shakespeare. A peça contém uma das cenas mais características da história do teatro, onde Hamlet, o Príncipe da Dinamarca, lamenta sob o crânio de seu amigo. Falando diretamente a isso, a mortalidade refletindo o próprio falecimento de Hamlet.

Screenshots da cena fatídica em "Hamlet," na esquerda sendo uma das representações mais famosas de Hamlet: Lawrence Oliver
Alas, pobre Yorick! Eu o conhecia, Horatio; um companheiro de infinitas brincadeiras, da mais excelente imaginação; ele tem me carregado em suas costas milhares de vezes; e agora, o quão horrível está na minha imaginação! Minha garganta se eleva nisso. Aqui pendurou aqueles lábios que eu beijei com não sei que frequência. Onde estão seus escárnios agora?
Hamlet, Ato V - Cena II
Como outra referência Shakespereana da decapitação, Jack Skellington reencena a famosa cena com seu próprio crânio durante seu lamento no "Nightmare Before Christmas" (NT: "O Estranho Mundo de Jack") de Tim Burton, em frente a um fundo com uma lua cheia (que é remanescente da primeira projeção de uma lua cheia vampiresca apresentada nesse artigo). Manson obviamente não é estranho a essa cena, com o cover da "This is Halloween" em 2006, outro famoso hino gótico, e a encarnação subsequente do "Pumpkin King" durante uma performance ao vivo no Halloween no "The Tonight Show with Jay Leno," antes de começar a nova era...

 

 

Celebritarian Scenery

 

Chris Vrenna e Rob Holliday com a cruz Celebritarian na turnê do "Eat Me, Drink Me."
Jaqueta decorada com o "333 Half Evil" durante os shows na turnê. Direita: Um antigo paralelo; uma ilustração que faz parte do newsletter do fã clube em 1995. A dualidade/complementaridade implícita no trocadilho é remanescente do significado da Cruz Dupla e, claro, da própria duplicidade.

Os elementos usados como tema a partir do Celebritarianismo também estão onipresentes dentro da turnê do "Eat Me, Drink Me." O suporte para o teclado do Chris Vrenna atua dualmente como o símbolo da Cruz Dupla Celebritarian no palco. Junto com um aceno bem sutil, a projeção com a chuva de pílulas durante "The Dope Show" contém uma pílula soma, do mesmo estilo do disco do "Mechanical Animals," com uma cruz dupla Celebritarian e uma "impressão" escrita "Eat Me" do outro lado.

 

 

Celebritarian Soma

 

Durante a performance da "The Dope Show" uma pílula soma no estilo do "Mechanical Animals" cai dentro da chuva de farmacêuticos. Uma Cruz Dupla Celebritarian de um lado, "EAT ME" impresso do outro, dando toda uma nova dimensão ao título da era. O formato redondo também evoca a hóstia, ou o corpo de Cristo sacrificial usado durante a Missa Católica.
Disco do "Mechanical Animals," 1998. Uma pílula soma "Coma." Para mais, veja a seção COMA WHITE do NACHTKABARETT.

 

 

Columbine : the 15 crosses

 

Manson performando "Disposable Teens" durante um show do começo da turnê Rape of the World em 2007. Cruzes Duplas Celebritarian adornam a cortina projetora como uma inversão de um cemitério tradicional.
Olhando melhor, percebemos que o fundo é, na verdade, uma fotografia retocada das 15 cruzes do memorial Columbine, que causou grande controvérsia e teve que ser removida desde então, como cada cruz foi para homenagear as 15 vítimas do tiroteio escolar, incluindo Eric Harris e Dylan Klebold, os dois atiradores. As cruzes tem sido retocadas para virarem Cruzes Duplas Celebritarian, muito como foi feito para a fotografia "White Plague" usada na intro Fantasmagórica em flash no site do Manson, bem como a "Danzig Coat of Arms" encarnando na Galeria Celebritarian Corporation na versão do site em Novembro de 2006. Essa conexão dá uma nova dimensão ao logo do Selo Celebritarian Corporation usando anteriormente e as 15 cruzes duplas em volta.
Screenshot do remake do Drácula feito em 1992 mostrando a cruzada de Vlad the Impaler contra os invasores Turcos, e exatamente como ele ganhou esse título. Embora não seja um mecanismo exclusivo de contar histórias usado no filme, dado ao Manson as várias e recentes referências vampíricas junto com suas alusões antigas feita ao Drácula de 1992, cria-se um paralelo entre a introdução do filme acima feita pelo Manson com a descrição de "the forest of the impaled" (NT: "A Floresta dos Empalados"). Direita: Gravura representando um empalamento do livro "De Cruce" de 1596 de Juste Lipse.

Para alusões antigas que Manson fez do remake de Drácula em 1992,
Veja a seção CELULÓIDE do NACHTKABARETT

Imagem subliminar piscando por um segundo no final da performance da "Disposable Teens," uma referência ainda mais explícita ao massacre de Columbine, já que é um negativo da aquarela que Manson pintou em 1999 intitulada "Crop Failure," representando os atiradores Harris e Klebold. Esquerda: Captura do festival Hurricane em Scheessel, Alemanha. Direita: Foto de um show em Praga, ambos em Junho de 2007.
Aquarela original de Harris e Klebold, que também foi usada para ilustrar a contracapa do single "The Nobodies" em 2004 (já que essa música foi sobre os garotos). Direita: Imagem de um tabloide aparecendo dentro da introdução Fantasmagórica do site do Manson que apareceu um ano antes, um dos exemplos mais puros do Celebritarianismo - morte empacotada e vendida às massas, com o subproduto do mártir formando-se das lembranças dos falecidos.

 

 

The Love Song

 

Projeção tridimensional de cruzes de sepultura em fila durante o crescimento do Manson na "The Love Song," em continuação com a projeção das 15 cruzes discutidas antes, e também remanescente da imagem apresentada abaixo, que acompanhou uma preview de outra faixa do "Holy Wood," "The Death Song."
Créditos das fotos: Javier Miranda e Platinum_Orgy.
Foto usada em um mini-site escondido, TheDeathSong.com para ilustrar uma preview da epônima canção. O uso da imagem para cumprimentar a música é mais auto explicativa, dado sobre o que é a música e sua relação ao constante tema da humanidade, mas especificamente a América e seu desejo por morte e violência como entretenimento, e é, desse modo, a celebritarian em essência.
Vistei a seção Sites Escondidos do NACKTKABARETT para mais análises e arquivos dos sites escondidos do Manson.

 

 

The Hindenburg Disaster

 

Manson performando "You and Me and the Devil Makes 3," na primeira parte da turnê Europeia em 2007, em frente a uma projeção mostrando o infame desastre do pequeno avião Hindenburg, a coroa e alegria da conquista do Terceiro Reich em chamas acima da linha do horizonte de New Jersey.
O desastre de Hindenburg em 1937 em Manchester Township, New Jersey, que também apareceu na capa do álbum de estreia do Led Zeppelin em 1969, outra banda famosa por ser conspiradora notória e alegada ao oculto.

 

 

The Rock Legend

 

Na terra desolada/No caminho até a Rainha Vermelha
Não é surpresa alguma que nossas roupas teatrais/Sonhem em ser famosas
Marilyn Manson, Eat Me, Drink Me

 

The King of Rock 'n' Roll

 

A icônica capa do primeiro álbum de Elvis Presley. Direita: Manson evocando "O Rei do Rock n' Roll" enquanto canta "Rock is Dead" em uma clássica jaqueta branca no estilo de Elvis.

Uma das primeiras alusões notórias que Manson fez a Elvis foi na era "Mechanical Animals." Enquanto performava "The Dope Show" no VMA em 1998, a censura só autorizou gravá-lo (pelo menos predominantemente) da cintura para cima, achando seu disfarce andrógino e anamórfico, assim como a capa do "Mechanical Animals," muito extremo para a televisão. Manson, dias depois em uma entrevista na MTV, observou que sorriu com a censura e o fez se "sentir como Elvis." Para aqueles que não sabem (mas deveriam), enquanto Elvis performava no programa "Ed Sullivan" em uma TV nacional nos anos 1950, ele só foi autorizado a ser filmado da cintura para cima, já que achavam que sua dança com os quadris inspirava o público adolescente a fazer sexo antes do casamento. "O Rei do Rock n' Roll" tem sido uma referência rara, mas icônica a Manson, personificando-o nas sessões de fotos, sendo amigo de Lisa Marie Presley e mais tarde aparecendo em um especial em 2002 intitulado "Elvis Lives" sendo entrevistado pelo reino de Elvis na música rock.

Esquerda: Retrato de Elvis aparecendo entre outras estrelas mortas em um projeção Celebritarian em 2001 durante a tunê Guns, God and Government.
Direita: Antiga identificação de Manson com Elvis em um retrato de 1998;

 

 

The Fight Song : David Bowie

 

Bowie na turnê Diamond Dogs em 1974 (foto por Bob Gruen) e Manson em uma vestimenta de boxer durante a performance ao vivo da "The FIGHT Song," repleto com um microfone pendurado e cordas de carpete vermelho em volta dele, representando um ring de boxe.

 

 

The Undead

 

Manson performando com uma expressiva e incomum maquiagem preta na Coreia em 2008, para comparar com os membros da banda fictícia "The Undead" (direita). Uma alusão ainda mais evidente ao "Phantom of the Paradise" nesse show, depois do microfone de faca e a decapitação.

 

 

The Mad Scientist

 

Apague as velas em todos os meus Frankensteins
Marilyn Manson, Putting Holes In Happiness
Manson usando suas luvas brilhantes de vinil que ele também usa no vídeo da "Putting Holes in Happiness," que ilustra perfeitamente as inspirações ao Frankenstein/Cientista Louco evocado nas letras e imagens, tal como o Dr. Gogol do filme "Mad Love," e em cima o todo glamuroso Dr. Frank-N-Furter do filme "The Rocky Horror Picture Show" (direita).

 

 

The HellMouth

 

Também durante a performance de "You and Me and the Devil Makes 3," Manson peformando em frente a lábios gigantes (provavelmente os seus) que movimentam-se com a letra da música enquanto ele canta..
Uma conexão duplamente facetada: Os lábios, retratados no estilo do emblema do filme "Rocky Horror Picture Show," um filme que também contém um vilão andrógino e maquiado como o protagonista. Entretanto, a inspiração por trás dos lábios do "Rocky Horror" podem ser de um quadro de Man Ray, outro ícone do Manson (Veja a seção A ARTE & THE GOLDEN AGE OF GROTESQUE do NACHTKABARETT), intitulado "Lovers."
Ainda outra conexão com Alice, o Gato Cheshire sumindo ao sorrir, ilustrado pela Disney e Tenniel respectivamente.
"Está bem," disse o Gato, e desta vez desapareceu bem lentamente, começando pela ponta do rabo e terminando com o sorriso, que permaneceu ainda algum tempo depois que o resto do gato já tinha sumido. "Bem! Já vi muitas vezes um gato sem sorriso," pensou Alice, "mas um sorriso sem gato! É a coisa mais curiosa que já vi em toda a minha vida!"
Alice no País das Maravilhas, Capítulo VI: Porco e Pimentar
Duas representações da Boca do Inferno, devorando os condenados, uma entidade que nunca foi citada na Bíblia, mas todavia floresceu na iconografia Cristã ao longo do tempo. Esquerda: Do saltério de Henry de Blois, c. 1150. Direita: Do Horus de Catherine de Clèves c. 1440 (note a composição similar com a boca central e as torres/caldeirões, e a boca e garras "MM" na foto abaixo). Nessas duas antigas representações, a entidade é, na verdade, composta de um tipo de trindade bestial, que cria uma conexão adicional com o título "You and Me and the Devil Makes 3."
E foi-lhe dada uma boca, para proferir grandes coisas e blasfêmias; e deu-se-lhe poder para agir por quarenta e dois meses. E abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do seu nome, e do seu tabernáculo, e dos que habitam no céu. E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los; e deu-se-lhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação.
Apocalipse 13:5-7

 

Everyone Will Suffer Now

 

Esquerda: Revival da bandeira dos EUA com o logo Shock da era Antichrist Svperstar na forma de uma projeção enquanto a banda reunida toca "Irresponsible Hate Anthem." Direita: Manson segurando uma Bíblia em chamas em uma versão atualizada de sua performance da música que foi repetida durante toda a turnê Rape of the World, enquanto recita a infame encarnação, "The time has come for bitter things," que compartilha de um significado parecido com a frase "Todos vão sofrer agora" usada para apelidar a parte de 2008 da turnê Americana (e o trecho vem de outra música do "Antichrist Svperstar": "Little Horn”). Outro jogo com a palavra "consumo," mesmo que dessa vez com um significado diferente, já que a Bíblia é literalmente consumida pelo fogo.

Janeiro de 2008 vê a turnê dar uma virada inesperada, já que o ex-baixista Twiggy Ramirez volta à banda que ele saiu em 2002, depois da era Holy Wood (que também significa a saída de Skold da banda). Para finalizar o que eles deixaram para trás, a banda muda o setlist com mais músicas dos três álbum que Manson e Twiggy escreveram juntos (incluindo "Little Horn," da onde usaram um trecho para dar o nome a turnê, "Everyone Will Suffer Now"), e reviver elementos da iconografia passada, como a bandeira Americana com o logo Shock enfatizando a dimensão apocalíptica já presente no show.

Esquerda: Twiggy Ramirez usando um chapéu Alqumisita à la Alejandro Jodorowski durante a parte de 2008 da turnê. Direita: Twiggy usando uma maquiagem repulsiva evocando uma pele apodrecendo e consumida pela pestilência. Ainda outra evocação da Praga feita pela banda, que também encaixa perfeitamente com o mantra "Todos vão sofrer agora," que poderia se aplicar a alguns tipos de epidemias. (Créditos da foto: Bomb_shell).
Vários exemplos de fundos ardentes e efeitos de luzes, lembrando a atmosfera apocalíptica do vídeo da "Personal Jesus" com sua projeção de uma parede de fogo, bem como a devoração da carne pelo fogo no final do vídeo da "Heart-Shaped Glasses" que, de alguma forma, ilustra a música "Just a Car Crash Away.

 

 

This is where it starts, This is where it will end.

Skold perfomando na Estônia em 22 de Dezembro de 2007. Encerramento; sua última performance com a banda enquanto estava vestido da mesma maneira da sua primeira aparição pública como membro da Marilyn Manson em 2002. Veja ARTE & THE GOLDEN AGE OF GROTESQUE no NACHTKABARETT para mais no significado do terno, como uma referência para a performance do artista Vienense Güenter Brus.