the NachtKabarett

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DoppelHerz

All Writing & Content © Nick Kushner Unless Noted Otherwise
In collaboration with Gilles R. Maurice
Translation by: Heather Quick

Um filme sobre o “The Golden Age of Grotesque”, criado durante a composição do álbum, e o nascimento de uma nova era para seu criador. A gravação do áudio que acompanha isso aconteceu em 1º de Abril de 2002 e permance inteiro.

Isso é, para muitos, o olhar mais raro na mente da pessoa que conhecemos como Marilyn Manson. Acreditam também (mas não será confirmado ou negado pelo Manson) que essas palavras foram intencionadas a serem suas últimas, apenas para aqueles que estavam escutando... Particularmente para sua amada felina, Lily White.

O filme não oferece ou precisa de explicação. Muito obrigado àqueles que fizeram com que isso seja o começo, não o fim, da era mais incrível do Marilyn Manson.
Comentário que fecha o vídeo Doppelherz
Em relação ao tema dos “Doppelgängers” presente nas letras do álbum, Manson pode ser visto usando uma máscara com olhos fechados no começo do vídeo, paradoxalmente admirando-se em um espelho. O tema da máscara e doppelgängers reaparecia mais tarde na imagem da era Celebritarian.

O filme dirigido pelo Manson, que veio com o “The Golden Age of Grotesque” em uma edição limitada; Manson disse que é um fluxo de consciência diretamente de dentro da mente e caráter de quem e o quê Marilyn Manson é. Para aqueles que não estão familiarizados, o termo “fluxo de consciência” foi usado primeiro no sentido poético, no começo do Século XIX. Transcedentalistas como Ralph Waldo Emerson descreve o mecanismo no trabalho do poeta, escrevendo adiante seus pensamentos como eles veem, resumido e sem edição, em um sentido similar que a escrita automática é usada, onde quadros são um retrato muito pessoal e interno do poeta. Embora frequentemente seja tão pessoal ao ponto do significado ser facilmente esquecido, ele mergulha profundamente no interior da mente do compositor. Vários elementos no “The Golden Age of Grotesque”, como Manson disse, são o que eles são e não precisam ser “entendidos” por meios convencionais, eles existem e estão em existência para serem absorvidos e levados ao que eles são. “Doppelherz” é esse fluxo de consciência dentro da mente muito pessoal do Marilyn Manson. Desimpedido e desafogado por quaisquer metáforas das eras anteriores, que têm sido mal interpretadas por muitos, os pensamentos são claros e puros; expressões abstratas como o DaDa. Na sua escrita/criação, Manson ordenou todos que estavam fora do estúdio de gravação, que fechassem seus cadernos e gravassem cada pensamento como viesse a criar o que tem sido feito.

Esquerda: Close na seringa-dupla usada na foto da Dita, feita na colaboração entre o Manson e Gottfried Helwein, descrita de forma completa no artigo Grotesk Burlesk, na verdade baseada em uma foto Manassé do livro “Voluptuous Panic”. Várias fotos alternativas podem ser vistas piscando perto do fim do vídeo (direita).

Seguindo no tema de redefinição do Marilyn Manson, “Doppelherz” atua muito como um prelúdio ao “The Golden Age of Grotesque”; outra chave ou elemento apresentado ao “entendimento” desse novo começo. O aspecto mais marcante do filme é que a música que introduz o álbum, “Thaeter,” é tocada em loop, que ilustra tanto o filme como um prelúdio, mas também toca de um aspecto bem específico do monólogo do Manson. Relativo à realização do filme, uma reiteração que Manson faz, é:

Já que vocês estão escutando, quero que vocês saibam que vocês não são nada além de uma tela,
Que eu projeto minhas imagens de sofrimento, tristeza, dor, sexo
E uma noção vaga de felicidade que eu encontrei na miséria
Daqueles que estão sentados no teatro do qual essa tela existe.

Como Manson disse frequentemente, sua arte é apenas arte até ser vista por alguém, e a concepção que seu público tem, a manifestação e forma que leva em suas mentes, é quando a criação está completa; se aquela concepção é “certa” ou “errada” baseada na intenção original do artista, é supérfulo saber, porque a arte tem criado vida própria e tornou-se uma realidade tangível naquilo que somos afetados. A reiteração que Manson cita em relação ao final do filme reflete isso, que NÓS, os observadores da arte do Manson, somos parte do “The Golden Age of Grotesque” e que torna-se manifesto diante de nós, e essa realização de sua arte através de seu público, é onde ele tem prazer. Nós somos a “tela que (ele) projeta (suas) imagens de sofrimento, tristeza, dor, sexo” e nossa visão de sua arte é o TEATRO (NT: Alusão à primeira faixa do álbum, chamada “Thaeter”)

O filme é intercalado com sequências em close azulados na mandíbula ameaçadora do Manson, que reaparece no curta que o Manson fez no Dia dos Namorados de 2003, intitulado
“The Mechanism of Desire”, que foi lançado em seu Diário, e onde o misterioso sample do Hitchcock ouvido no MM.com em 2006 foi usado pela primeira vez.

Claro que o aspecto que é metade burlesco/sarcástico é onde ele encontra felicidade na miséria de seu espectador, que é feito zombadamente àqueles que sentem que é “esperado” que alguém como o Manson seja um farol para a dor e miséria. É um tema que tem papel através do álbum, mas especificamente, na faixa título, onde Manson proclama: “Somos a ARTE BAIXA DO GLOOMINATI e nossa meta é deprimir” "Gloominati" é um jogo de palavras. O prefixo “gloom” colocado com “Illuminati” para insinuar Marilyn Manson como um “dark,” miséria demasiadamente sinistra, estendendo a entidade, que, novamente, é feita tão sarcasticamente que elas não trazem nada além de prazer a mim e qualquer um que entenda.

Esquerda: Tim Skold em uma evocação do “Self-Painting, Self-Mutilation” de Günter Brus, uma maquiagem que ele também usou na première do filme “Resident Evil” em 2002, e novamente em sua despedida da banda durante a turnê Rape of the World em 2007. Direita: Manson progressivamente pintando uma blackface em seu rosto ao longo do vídeo, anunciando as estéticas de sua nova era (um close de uma fotografia com o blackface de sua colaboração com Gottfried Helwein também aparece brevemente no vídeo).

Como dito em algum lugar na seção Celulóide do meu site, o fluxo e imagem desse filme é muito evocativo do filme “Salò” (NT: 120 Dias de Sodomia) de Pasolini em muitos aspectos. Primeiro, o fluxo do filme e cada uma de suas seções são remanescentes à alusões da imagem dos “Círculos do Inferno” que Pasolini usou em “Salò”, bem como o conceito de capturar algo raro e bonito, como o Manson fez com as gêmeas siamesas no “Doppelherz”. No “Salò”, cada um dos 9 garotos e 9 garotas foram inspecionados antes de serem escolhidos para serem degradados. O exemplo mais impactante foi quando uma garota foi recusada por causa de seus dentes pobres. Apesar de ser maleável e desejável em todo os outros aspectos, os Libertinos queriam as mais perfeitas e bonitas para serem contaminadas e humilhadas. E é essa alusão que coloca o Manson no papel de libertino, querendo só o mais raro e bonito, para inflingir suas imagens de “sofrimento, tristeza, dor e sexo.” É o papel de Manson como o de Sade, enquanto não literalmente, mas outro artista que sofreu nas mãos da sociedade que viveu por sua arte.

Manson usando venda e nariz protético, bem antes de ele deixar sua visão aparecer... Como dito no artigo Grotesk Burlesk no Nachtkabarett, o uso de máscaras e rosto protético era comum durante os anos decadentes da Alemanha Weimar, que foi a influência-chave no novo álbum do Manson.

Mas mantendo-o originalmente, Manson também é um crítico cruel da sociedade moderna, particularmente pelo exemplo, “Os jovens são tão senis/Os jovens sieg heil” eram ensinados a seguir cegamente sem questionar ou ter pensamentos independentes. Então, enquanto parecer bem abstrato às vezes, dentro do filme tem significado e a justaposição das imagens surreais acompanham o fluxo de consciência, que é bem Dadaísta em sua forma, mas tudo volta como é visto e as emoções que evocam, o que é a essência do Marilyn Manson e seu espectador fazendo sua arte completa.

"Os jovens são tão senis/Os jovens sieg heil".

Trecho do Doppelherz.
Esquerda: Manson usando seu infame quepe SS. Direita: John 5 usando o Schwalbennester da tropa militar Nazista em seu ombro.
Para mais alusões do Manson à imagem fascista, leia o artigo Arte Degenerada & Fascismo no Nachtkabarett.
Captura frontal do Graham Hollywood no “Doppelherz”
Autorretrato de Man Ray em um Graham “Hollywood Supercharger",
mesmo carro que Manson, Skold e John 5 dirigiram no “Doppelherz”.
Eu decidi pegar um carro. Deveria ser um novo. Olhei algumas vitrines e então vi meu carro, discretamente anunciado. Era um antigo, corpo fechado, quatro assentos, completamente aerodinâmico, sem nenhum excesso de enfeites cromados, o acabamento, azul metálico, o interior azul, minha cor favorita. Eu poderia me ver nele com minha jaqueta de lã tweed azul clara.
Man Ray
De forma semelhante, Salvador Dali mostrando seu monumento “Rainy Cadillac” no Museu Dali, na Catalunha, Espanha, onde Dali
está enterrado, e também onde, presumivelmente, por uma moeda de Euro, o visitante pode entrar no Cadillac.
As sequências da estrada filmadas à noite são muito remanescentes do filme “Lost Highway” (NT: “A Estrada Perdida”) de David Lynch, de 1997, no qual Manson e Twiggy atuaram
em uma pequena sequência surreal perto do fim do filme (a banda também participa da trilha sonora do filme).

Hans Bellmer

"A Boneca”, fotografia de Hans Bellmer, 1938.

Hans Bellmer, Alemão nascido em 1902 e outro artista que foi condedado a ser “degenarado” pelo partido Nazista. Consistentemente, foi o mais explícito dos artistas envolvidos no movimento surrealista no começo do Século XX. Bellmer considerou certa pornografia para ser arte em seu próprio trabalho, nas vezes que não deixava delineação entre arte e pornografia com algumas séries explícitas, particularmente feitas como uma homenagem e endereçado “ao” Marquês de Sade, que foi bastante influente no movimento surrealista, em que ele foi considerado como o perfeito exemplo do homem surrealista, com seus trabalhos cheios de antíteses da moral das sociedades e padrões religiosos. Embora seus desenhos sejam incomparáveis com qualquer outro surrealista, o nome de Bellmer é um sinônimo de sua Boneca, que é sua criação mais conhecida.

As gêmeas siamesas no estilo de uma aranha; criatura encontrada pela banda como um animal malvado ao lado da estrada é muito remanescente da criação de Bellmer, além da óbvia alusão ao filme “Freaks” de 1932. O próprio Manson costurou o traje das siamesas, que reapareceria mais tarde no videoclipe da “mOBSCENE”, como descrito no artigo Grotesk Burlesk. Várias variações das gêmeas podem ser vistas durante as subseqüentes performances da turnê.

Bellmer criou várias versões diferentes de sua Boneca, algumas variando de serem gordinhas com membros truncados até outras bizarras, mas ainda assim sedutoras com longas pernas de uma mulher madura. Embora cada boneca tenha sido criada com a mesma fórmula elementar; de dois conjuntos de pernas nos fins polares que compartilham um umbigo. O primeiro assunto representado no “Doppelherz” são as gêmeas siamesas, que Manson capturou para usar como seu brinquedo, um tipo de “boneca viva” raptada, cuja captura e submissão promulgada de seu prazer aparente podemos ver no filme. É óbvio dizer que os artistas surrealistas do começo do Século XX foram uma influência primária no “The Golden Age of Grotesque”, com Hans Bellmer, indiscutivelmente, sendo a mais notória de todas, fazendo de suas bonecas uma grande influência no uso das gêmeas siamesas durante a era, junto com outras influências. Particularmente, dentro do “Doppelherz”, as gêmeas siamesas, em suas representações e papéis no filme evocam a criação de Bellmer, como uma criação inanimada, submissa, sem sentimentos, usada para o prazer daqueles que as capturam e ficam com a posse.

Esquerda: “A Boneca” fotografia de Hans Bellmer. Note o stalker se escondendo, fazendo um paralelo ao proeminente tema do Sexo Assassino no álbum do Manson e imagem.
A aventura criativa de Hans Bellmer começou em 1933, quando ele começou fazendo uma boneca de madeira. A atividade preocupou e absorveu tanto suas energias que ele teve que largar um emprego estável por causa disso. Ele tem trabalhado por vários anos como desenhista mecânico e até agora o único canal para suas inclinações artísticas têm sido um livro de ilustração ou esboços refletidos de seu amigo George Grosz, o sarcástico caricaturista do “Ecce Homo.”

Sua boneca foi uma vez a um protesto contra o nascimento do Nazismo, na qual ele contou com o gratuito tributo ao lúdico, e uma realização passo-a-passo de todas as sensações amorosas que uma menina quando criança pode provocar. Ele quis fazer um brinquedo para adultos, que seria instrumental em libertá-los de seus complexos. O relacionamento do homem com essa boneca o autorizaria a definir seu potencial de jogador, para trabalhar suas agressões e satisfazer seus desejos com uma mera boneca.

As invenções dessa ambígua criatura foram para abrir um campo de atividade para Ballmer que combinou com seus talentos. Os desenhos, os guaches, as gravuras, os objetos que ele foi subsequentemente construindo derivado de uma sensibilização de problemas no corpo que ele teve por criar sua boneca. Brincando com isso, fixando em toda posição imaginável, ele descobriu a existência de uma “consciência física,” que é uma massa de desejos reprimidos que apontam na reconstrução da anatomia humana no princípio do prazer.
De Hans Bellmer por Saran Alexandrian (OOP)
Visualizações extra das bonecas siamesas do Manson. As diferentes coroas são remascentes do Manson Andrógino Alquímico, aludido durante a era Holy Wood.
Cenas da turnê Grotesk Burlesk seguindo o tema das bonecas, a da direita sendo um truque emprestado do Rudy Coby, “O Mágico Mais Legal da Terra”
cujo a namorada andróide, ‘Nikki Terminator’ apareceu pela primeira vez em um especial na TV exibido em 1996. Mais tarde reapareceu na turnê Rape of the World.
Enquanto as gêmeas grudadas no estilo de uma aranha obviamente prefiguram a Aranha Fantasma da letra do “The High End of Low” em 2009,
é também fortemente remanescente de outra lasciva beleza aracnídea que aparece em um pôster de um filme do Jodorowsky feito em 1968, intitulado “Fando y Lis”.

“A única coisa original nesse mundo é a maneira com que destruímos coisas”.

Trecho do Doppelherz.
O aspecto mutilado das gêmeas e os genuínos pelos pubianos ecoam de forma crua a aquarela da repulsiva cena de assassinato de Elizabeth Short.

O trecho que segue diretamente, “Tudo já foi criado/Então só podemos lidar com novas maneiras de destruí-los”, é bem infantil e Dada em essência, e ecoa o primeiro trecho cantado pelo Manson no “The Golden Age of Grotesque”, “Everything has been said before/There’s nothing left to say anymore”, um aceno ao conceito de Duchamp, que “tudo já foi dito na arte”, como detalhado no artigo Arch Dandy do Dada no Nachtkabarett.

A cama que Manson deita a criatura no vídeo, reaparece no videoclipe da “Heart-Shaped Glasses” em 2007,
no final em que Manson é visto tendo relações sexuais com Evan Rachel Wood embaixo de uma chuva de sangue.

“Burlesco, vaudeville, cabaré – tudo teve o mesmo propósito, de deixar a mente das pessoas livres; a ideia de sua vida ser entretida. Às vezes tem a ver com um show, às vezes tem a ver com colocar um gramofone na vagina das mulheres. Ou pintar um elefante preto ou atear fogo em um piano”.

Marilyn Manson, em uma entrevista para a Face, Maio de 2003
O grotesca inclusão da cabeça do Mickey Mouse (à esquerda, ao fundo), contrastando com o quepe Nazista prefigura a colaboração do Manson com Helwein, pelo que deveria ter sido a capa do álbum, e o logo da Cabeça da Morte Roedora que sintetizou durante a turnê do Manson. Direita: Outra foto subliminar de inspiração surrealista piscando durante o vídeo, possível que seja novamente da colaboração com Helwein, e que Manson se refere na entrevista acima.

“Sou uma tela que sangra/E estou pintado com dedos”.

Trecho do Doppelherz.
Essa passagem acima estaria diretamente ilustrada mais tarde no videoclipe da “(s)AINT” em que Manson é visto se dando ao luxo de se pintar com seu próprio sangue que ele espalha com os dedos, marcando a continuidade com o trecho da letra: “You said I tasted famous so I drew you a heart/But now I’m not an artist, I’m a fucking work of art”. Uma futura correspondência nessa veia apareceria na música “Leave a Scar” do “The High End of Low” de 2009, em que Manson ironicamente evoca uma experiência mais recente de auto mutilação: “I’m just a painting that’s still wet/If you touch me I’ll be semeared, you’ll be stainted, stained for the rest of your life.”

Paralelamente, passagens da música “Slutgarden” “(I’ll never promise you a garden)/You’ll just water me down” e “I’m a VCR funeral of/Dead-memory waste and/My smile is a chainlink fence/that I have put up/Love the enemy, my love is the enemy” são quase tiradas de vários momentos do “Doppelherz”, assim como “senile teens” e “Version point (less) downloadable suicide” na música “Vodevil”. Outro trecho notável que aparece tanto no “Doppelherz” como na “(s)AINT”, é: “Your “sell-by date” (has) expired”. Manson continuou a destilar poderosas tiradas do “Doppelherz” em seus dois álbuns seguintes, “Eat Me, Drink Me” e “The High End of Low” como mostrado nos links abaixo...

 



“Doppelherz” ao vivo no Greek Theatre, LA
10/10/2003

 

Também, em várias ocasiões (caucasianas) durante a turnê Grotesk Burlesk, Manson pode ser ouvido recitando passagens inteiras de seu monólogo do "Doppelherz", como o exemplo acima, um ocorrido memorável da obsessão do Manson de sempre combinar diferentes aspectos e disciplinas de sua Arte (obrigado à usuária Heather Quick do Babalon por essa descoberta). A transcrição oficial e completa dos créditos do filme e trilha sonora pode ser encontrada no site do Gottfried Helwein.

 

S e e   a l s o   o n   T h e   N A C H T K A B A R E T T :


GROTESK BURLESK | Imagery from the Golden Age Of Grotesque era & live, including influences from Gottfried Helnwein, imagery from the Weimar Germany, an examination of the Siamese sisters from the movie "Freaks" and the mysterious gramophone picture from Doppelherz...

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LES FLEURS DU MAL | "I keep watering a dead flower / Keep watering a dead flower / Keep watering the dead flower [...] Everything I make is a piece of plant / In some day it could have been a flower / And the things that are flowers are dead [...] There’s not enough of me to make a bouquet / Stop watering a dead flower / Stop watering the dead flower..." These words from Doppelherz implement a vast range of allusions to flowers starting with the metaphorical lyrics from Mechanical Animals, to Baudelaire's poetic collection 'The Flowers Of Evil' Manson payed tribute to in the title of his 2007-2008 art exhibition.

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BLACKFACE, "DEGENERATE" ART & FASCISM | A closer look at Manson's identifications to artists that were labeled "degenerate" by the rising Nazi party and persecuted in 1930's Germany during The Golden Age Of Grotesque, the evocations of fascism in the band's imagery and performances since Antichrist Svperstar, suggesting a union of opposites which echoes the dichotomy that preexists in the name "Marilyn Manson" itself, and the intentions behind the omnipresent Blackface makeup : "You cover your mouth with blackface, which really represents a franchise, moneymaking, and slave creation of entertainment, that isn't even human."

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LEST WE FORGET - THE MASKED DOPPELGÄNGERS | "The real is the scariest thing of all. I'm attracted to the idea of the artist removing the mask. But now...I'm not sure what is underneath all of my masks...or if there is anything. Probably another mask. The word 'persona' really implies playing someone else when you're creating things, but I don't think I could be more 'me' when I'm creating things. Is there a good side to that?" Marilyn Manson during his Celebritarian era, posing in several shots with his Official Face Mask, always with the underlying theme of the Doppelgängers.

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EAT ME, DRINK ME - ARE YOU THE RABBIT? | Eat Me, Drink Me, admittedly being Manson most personal work to date back then, contains many lyrical revisitations to past writings, such as the lines "I'm a kick stand in your mouth" and "I know the insurrance won't cover this" in the song 'Are You The Rabbit' which directly come from Doppelherz.

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THE HIGH END OF LOW - DEVOUR ETC | The repetitive lament which concludes the song 'Devour', first track of The High End Of Low, is once again copied verbatim from Doppelherz which adds to its cyclical dimension. The allusions don't stop here, as the line "I'm just a painting that's still wet" from 'Leave A Scar' follows a concept elaborated in Doppelherz and repeated in (s)AINT, as shown above. The variations on the phrase "The only thing in this world that does not die is money" in Doppelherz are also echoed in the album's preoccupations, notably with the ironic ($) logo which surfaced in the 'Arma...Geddon' video.

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