the NachtKabarett

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All Writing & Content © Nick Kushner Unless Noted Otherwise
Translation by: Heather Quick

Quadro ‘Lustmord’ feito por um artista desconhecido,
do livro “Voluptuous Panic”
Lustmord, ou Sexo Assassino, fotografia de Dita Von Teese.
Colaboração artística entre Marilyn Manson e Gottfried Helwein

Certamente um dos elementos mais 'Grotescos' da 'Era de Ouro' é sobre o que fala a música "Spade"; 'Lustmord' ou 'Sexo Assassino'. Para refletir a degradação e depravação da cultura da época, particularmente na Alemanha Weimar após a Primeira Guerra Mundial, houve a fascinação artística com o sexo assassino. O assunto não é um que foi, de alguma maneira, inventado na época, já que é um aspecto proeminente e fundamental que sempre existiu na psique humana, lutado por de Sade, atuado por Jack, O Estripador e analisado por Freud. Como de Sade, que adorou as mulhers e as estimou como divinas, e foi mal interpretado como mera misoginia, dando a mulher tal poder ao coração do homem que também dá a ela o poder de destruí-lo. E com essa destruição, é natural do instinto humano reivindicar o que tem sido usurpado, que é a resposta dada ao Sexo Assassino.

A fascinação na arte tem sido mais proeminentemente retratada pelos artistas Alemães dos anos 1920 e 1930, Otto Dix e George Grosz, um ilustrador, artista e humorista político. O alvo de ambos esses artistas era a habilidade e coragem de retratar a feiúra e o grotesco do mundo de maneira ousada e inflexível, como sempre é o dever do artista. E assim, outro paralelo pode ser imediatamente visto ao Manson e suas visões diante da arte. Manson citou Dix e Grosz, entre os muitos artistas demonizados como "Degenerados" durante a época e os dois lugares principais em que Manson faz referência ao Sexo Assassino, é em sua arte fotográfica com Helnwien e na música "Spade".

A imagem "pintando retratos com palavras" que Manson usa frequentemente, entra em jogo com a "Spade", já que o próprio símbolo da Espada (NT: do baralho) lembra um coração de cabeça para baixo que foi esfaqueado. Assim como na música, sua "faca enferruja o amanhã", ficou coberta na cor vermelha e corroi com as manchas de sangue do corpo da amante que o desprezou. "E dissemos 'até o dia da nossa morte'", sendo percebido, embora não maneira que é tradicionalmente dita, os gritos de retribuição da vítima do sexo assassino podem ser ouvidos após esse trecho, personificado pelo Manson, bem como a exaustiva consequência do assassinato, e é o clímax da música.

Na gravação do "The Golden Age of Grotesque", muito do tempo gasto foi dedicado a desenvolver poderosos ritmos de batidas. A batida da "Spade" que pode ser ouvida, é a batida letárgica de um coração agonizante.

George Grosz, como Jack, O Estripador.
Auto-retrato com Eva Peters no Estúdio do Artista, 1918.
The Menaced Assasin por Rene Magritte.
Uma representação surrealista do Sexo Assassino.
Duas representações do Lustmord por Otto Dix, 1922.